segunda-feira, abril 14, 2008

Dê-mos as mãos...


Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses. (...)” -
Ricardo Reis


Mas porque é que tem que ser assim?

Porque é que não podemos dar as mãos, ver o rio passar e quem sabe seguir com ele até ao mar?

Seguiríamos os dois, de mãos dadas, juntos até onde nem os deuses chegam de tão distante que fica. Seguiríamos esse mar que nos leva a um futuro onde seríamos felizes um com o outro. Onde o teu olhar iluminaria mais do que o sol e onde o teu sorriso desse toda a força que precisaria para continuar.

De mãos dadas...

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