Desde os acontecimentos de 11 de Setembro muita coisa mudou. Foi erguida uma bandeira de luta contra o terrorismo e desde então passou a valer tudo. Em nome desta guerra, os direitos de cada cidadão foram-se desvanecendo em nome de um bem comum superior: a segurança.
Mas será que vale realmente a pena prescindirmos de um dos nossos maiores direitos em detrimento da segurança? Pelos vistos Thomas Jefferson, acreditava que não:
"Those who desire to give up freedom in order to gain security will not have, nor do they deserve, either one."
Estámos a caminhar lentamente para um mundo completamente informatizado onde tudo existe sobre a forma de zeros e uns. Quer gostemos, quer não, é uma questão de tempo até isso acontecer e nada podemos fazer para alterar isso. O grande problema é que juntamente com isto surgem cada vez uma maior invasão de privacidade sem qualquer restrição.
Por exemplo, na Suécia foi aprovada recentemente uma nova lei que leva à crição da chamada "Swedish National Defence Radio Establishment" que tem a função de controlar todo o tráfego da internet e outras comunicações que passe pelo território Suéco com vista à procura de informações terroristas importantes.
Que importa se isto viola a privacidade do cidadão? Que importa se vai contra os princípio democráticos de que toda a gente é inocente até ser provado o contrário? Que importa se vai mesmo contra o oitavo artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem?
Quando falo em privacidade não estou a referir-me a que eles saibam que mandei um email a alguém a dizer que no dia a seguir levava os apontamentos de Matemático, falo sim em terem acesso a tudo aquilo fazemos bastando para isso quererem consultar os dados. Deixámos a partir deste momento de ter alguma coisa pessoal para passar a ser tudo partilhado com governos que entenderão fazer com isso o que bem quiserem. Quem garante sequer que a informação é guardada de forma segura?
Deixámos à muito de ter o que chamámos de liberdade. Temos apenas uma liberdade muito parcial que a continuar assim poderá muito bem desaparecer totalmente. Passaremos a ser totalmente vigiados e todas as acções passam a ser condicionados sobre o efeito de sofrer repressálias.
Infelizmente, muita gente não quer saber disso e está disposta a abdicar dela para poder viver num clima de segurança. Quando se aperceberem de que estão a viver já num regime praticamente ditatorial onde deixaram de ter expressão, irão aperceber-se do enorme erro que foi prescindido dela no passado.
Um dos exemplos mais claros e que mais criticas levantou foi o da incorporação de um chip em todos os computadores que iria mediar todas as comunicações ente utilizador - hardware - software. Basicamente, se quiséssemos instalar algum programa, teríamos que ter "visto verde" do chip para tal, deixando de ter controlo sobre o nosso próprio computador. Aonde isto levaria? Não sei, mas é preocupante ver as grandes márcas de hardware e software e unirem forças para levar isto em frente, em nome do combate à pirataria.
Pergunto-me se caso isto seja realmente levado avante, o que poderia acontecer ao mundo GNU/Linux. Será que os milhares de programas feitos gratuitamente pela comunidade iriam ser aceites aqui ou chegaríamos ao ponto em que o seu acesso seria bloqueado obrigando a adquirir as soluções pagas das grandes companhias? Certamente que não seria difícil fazer isso...
O texto já via longo e o tema é mesmo muito complexo, mas acho que dá para perceber que nem tudo tem de ser tão linear como quem fazer-nos crer. O terrorismo é um problema grave que exige medidas igualmente fortes, mas não devemos deixar levarem-nos os nosso direitos de ânimo leve sem pensar nas consequências.
she
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she had the devil in her soul...just because the devil are in his eyes.
she became the devil...when he burn her with his touch.
she is the devil...while he's...
Há 13 anos
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