sábado, junho 28, 2008

A essência de amar quando o coração não bate

"Qual foi o sentimento mais profundo que alguma vez sentiste?

Pensei que tivesse sido quando amei alguém, mas ao olhar para traz, não acredito realmente nisso.

Não sei.
Não sei responder-te."


Houve momentos ao longo dos anos onde a razão deixava de estar presente. Onde a racionalidade desaparecia para dar lugar a algo novo.

Sentimentos.

Momentos únicos onde senti-me realmente alterado, como se tudo aquilo que me preocupava tivesse desaparecido para dar lugar a algo a que não estava habituado. Naqueles momentos, via o mundo realmente de outra maneira pois o mundo normal desaparecia para dar lugar a um outro onde apenas existia eu e ela. Everything was so perfect...

Mas então o que há de errado com isto? Tudo.

Tudo isto acaba por desaparecer sem deixar saudades. Como se não tivesse passado de períodos fúteis de nenhuma importância, cuja memória ficou guardada ao lado de qualquer uma outra memória passada.

Não deveria ser assim. Deveria olhar para elas como momentos importantes, mas não os vejo como tal, e duvido que alguma vez mude esta perspectiva.

Questiono-me então se alguma vez terei realmente amado.
Questiono-me o que amar realmente é.

Olho à volta e vejo pessoas felizes mas de uma forma que, provavelmente, nunca terei experimentado. São felizes não por causa do que alcançam, mas são felizes apenas porque o são. Como se fosse o sentimento mais natural do mundo.

It feels just right.
It feels like love.

Passa-se então para algo diferente e começa-se à procura desse mesmo sentimento. Procuram-se pessoas novas que tragam algo de novo. Algo que faça funcionar o quer que seja que está desligado. Click.

A euforia inicial toma outra vez conta de mim, mas sempre na esperança que seja diferente e que encontre realmente o quer que seja que ainda não encontrei.

Euphoria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem espera sempre alcança.

Não desesperes porque mais tarde ou mais cedo acabamos por encontrar o que procuramos, temos é de ter paciência {isto ensinou-me alguém muito especial ;)}

Miguel